Sessão 1.1 – Organização do Espaço 
Coordenadores: Olga Firkowski (UFPR) | Rosa Moura (IPEA) | Paulo Roberto
Rodrigues Soares (UFRGS) | Jan Bitoun (UFPE)
A reprodução de padrões heterogêneos de organização do espaço verificados no
Brasil e no restante da América Latina é resultado principalmente dos esforços em
direção à inserção desses países no mercado internacional. A organização do
espaço urbano em suas múltiplas escalas (local, metropolitana, regional, nacional)
tem a sua promoção e manutenção forjada pelas dinâmicas sociais, econômicas e
políticas. O impacto desses processos, no entanto, pode ainda ser compreendido a
partir da relação dual com a realidade do território, no sentido de que esta não é
apenas consequência, mas também causa do formato de desenvolvimento dessas
dinâmicas.
Considerando as recentes transformações das cidades e os novos arranjos
espaciais decorrentes, cabe investigar se essas mudanças têm dado novo fôlego
para a manutenção de padrões de apropriação da cidade ou se são capazes de
inaugurar novas lógicas sobre o território.

Sessão 1.2 – Economia Metropolitana 
Coordenadores: Marcelo Ribeiro (IPPUR/UFRJ) | Maria do Livramento Clementino
(NAPP/PPEUR/UFRN) | Ana Claudia Duarte Cardoso (UFPA).
O Brasil é na atualidade um país eminentemente urbano, em que parcela
significativa de sua população se concentra nos espaços metropolitanos, o que
confere à dinâmica econômica modos de estruturação que reflete essa realidade.
De um lado, o modo como o país se organiza populacional e territorialmente
influência na sua estrutura econômica; de outro lado, essa estrutura econômica
contribui para a organização populacional e territorial do país. Neste sentido,
considera-se que a estrutura econômica das metrópoles brasileiras têm influenciado
o desenvolvimento econômico nacional, assim como este processo tem impactado
os espaços metropolitanos.

Sessão 1.3 – Megarregião 
Coordenadores: Sandra Lencioni (USP) | Lucia Bogus (PUC-SP) | Frederico
Hollanda (PPG-FAU/UnB)
O crescente poder econômico, social e político das cidades demanda a construção
de novos conceitos diante das transformações espaciais que tem suscitado. No
contexto de um novo ciclo urbano, onde o espaço é fortemente vinculado à dinâmica
global, uma megarregião é entendida enquanto uma forma de economia de
aglomeração específica do contexto histórico atual. Esse conceito transcende a
questão espacial ao se configurar um tipo de arranjo projetado a partir das relações
globais e dos fluxos de informação e comunicação. Neste sentido, uma megarregião
deve ser entendida como uma escala própria das economias complexas, que se
valem da coexistência dentro de um mesmo espaço regional de múltiplos tipos de
economias de aglomeração, antes distribuídos entre diversos espaços econômicos
e escalas geográficas; essa diversidade pode estar incorporada dentro de uma
única megazona econômica.
O território diverso em seu interior exige estratégias de desenvolvimento capazes de
gerar vantagens tanto nas partes mais avançadas como nas menos avançadas –
esse tipo de arranjo evidencia o aprofundamento das atuais contradições do
espaço, suscitando ainda indagações a respeito dos mecanismos que constroem
essa integração.